quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Flávio Dino: se correr o bicho pega, ficar o bicho come


Sempre tenho que ter cuidado quando vou tratar algo relacionado ao deputado Flávio Dino (PC do B), caso contrário a “tropa de choque” vem com tudo para cima de mim (é que para uns e outros Dino deixou de ser “magistrado” para ser “majestade”, só cabendo a ele reverências e não críticas). Mas vamos lá.
A partir do dia 1º de fevereiro o parlamentar comunista encerra quatro anos de um bom mandato na Câmara Federal. Sem dúvida fará falta no parlamento brasileiro.

Segundo o próprio Flávio Dino, voltará às salas de aulas das universidades. Mas assim como nunca foi somente “operador do Direito”, Dino também não é apenas professor universitário: ele é político.
Desde que pendurou a toga, o líder comunista disputou três eleições: elegeu-se deputado federal em 2006; bateu na trave para prefeito em 2008 e quase vai para a marca do pênalti nas eleições para governador, ano passado.
Ocorre que o jovem político deverá enfrentar um dilema desgraçado daqui para frente: ser candidato a prefeito de São Luis em 2012, e correr o risco de uma terceira derrota consecutiva para cargos majoritários, ou não ser candidato e ver mais distante, no seu horizonte político, o projeto de 2014.
Chegaram até criar um factoide de que Flávio Dino poderia ser candidato a prefeito de Caxias, o que foi imediatamente descartado, via Twitter, por um dirigente do PC do B muito ligado ao deputado (na verdade mais “ligado” do que “dirigente”): “Especulação sem pé nem cabeça. Flávio Dino é pré-candidato a prefeito de São Luís, é o nome que o PCdoB põe como opção”, tuitou.

Ocorre que semana passada, o mesmo “tuiteiro” admitiu para dois colegas petistas, que Flávio só será candidato a prefeito de São Luis “dependendo da conjuntura”. Traduzindo: se Castelo estiver bem na fita e com eventual apoio do PL (Palácio dos Leões), sequer Flávio Dinoo entra na disputa. Faz sentido.
O certo é que o futuro de Flávio Dino, como diria Cazuza, “é duvidoso”. Se não tiver focado aonde realmente quer chegar o resultado poderá ser “nem mel e nem cabaça”. O quase ex-deputado está naquela de “se ficar o bicho pega, se correr o bicho come”.

PS: Flávio Dino elegeu-se deputado federal, em 2006, com a ajuda do ex-governador José Reinaldo, e por conta do mesmo José Reinaldo, até por questão de lealdade, deixou de ser senador da República, em 2010. Estão abraçados (ainda, eu acho…).

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